segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Em Portugal sê português

Alguém explica à estrangeiragem que se anda a passear pelo Algarve que cá em Portugal (e até mesmo no sul) em Janeiro é Inverno? Acabem lá com as blusas de alças e os calções que não está tempo para isso. Não estão em África nem tão pouco no Brasil. Isto parece, mas (ainda) não é tropical. Vamos lá a ter calma. É que torna-se constrangedor passar por vocês com três camadas de roupa, incluindo um kispo, e ver-vos todos soltos e relaxados a apanhar bronze na esplanada.

Estou vivo

Se o meu primeiro treino foi com 13,5ºC e se não tive à beira de um enfarte, agora ninguém me para.

Vou só ali correr

Gostava de dizer "já volto", mas a probabilidade de isso não acontecer é considerável. Estou perro, não faço desporto desde Abril e desconfio que passados 30 segundos de começar a fazer exercício vou ter de fazer uma pausa de 15 minutos. Portanto, se a emissão do blog acabar por aqui, muito obrigado por terem vindo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

De como não passar despercebido

Alças a perna para subir o degrau. O chão está escorregadio da chuva. E a seguir tens um segundo para arranjar a posição mais confortável para te estatelares ao comprido. Não tentes evitar, já sabes que vais cair. E quando ganhas consciência disso, já caíste. Depois, convém é levantares-te rápido. Também convém que não te importares que esteja toda a gente a rir de ti. Se fosse ao contrário também ias às lágrimas. Ri-te de ti próprio, porque, na verdade, de tão mau, até foi engraçado. Tudo isto em 10 segundos. E segues o teu caminho. E tentas esquecer que isto aconteceu em pleno Bairro Alto.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Se a Lucy e o Djaló tivessem tido voto na matéria, este blog daria pelo nome de Quando e Comonce Emonatsoka.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Das Presidenciais VI (ou como ninguém disse que é fácil)

Durante os meus tempos de secundário envolvi-me na luta pelo pódio da Associação de Estudantes. No 10º ano iniciei-me nessas lides como apoiante de uma lista. E ainda bem que não me entusiasmei demasiado porque quem eu apoiava acabou por perder esmagadoramente. No ano seguinte resolvi dar mais um passo em frente e, cheio de optimismo, lá fui eu apresentar a candidatura. Fizemos cartazes para espalhar pela escola. Inventámos slogans que são capazes de concorrer com a melhor campanha de marketing político actual, de tão maus (ou bons) que eram. Pela primeira vez na história das candidaturas à presidência da Associação de Estudantes conseguimos realizar um debate e esmágamos, temporariamente, a concorrência (o poder da palavra é uma coisa incrível). Mas a outra lista foi mais esperta. Tinha o apoio da Juventude Socialista que lhes arranjou cartazes todos bonitos e apelativos e tinha os votos do 7º, 8º e 9º anos garantidos. Escusado será dizer que fomos derrotados. E com a derrota veio a desilusão. E ficou sempre aquela angústia, aquele pensamento "nós podíamos fazer melhor". E foi esse o pretexto para andarmos o resto do ano lectivo a dizer mal da lista vencedora, que não fez um chavelho. Inconformados e com um espírito positivo avassalador foi no 12º ano que conquistámos as massas e fomos eleitos. E foi nesse ano que percebi porque é que até à data nunca nenhuma equipa conseguiu mostrar trabalho feito. O Conselhor Executivo da escola pouco nos apoiava. Era uma carga de trabalhos para nos conceder o espaço do bar por uma tarde. Dinheiro nem pensar. A Câmara Municipal conseguiu arranjar pretextos para não nos dar a verba que todos os anos dava. E dos muitos membros que faziam parte da Associação de Estudantes poucos foram os que continuaram motivados depois da vitória. Foi então que percebi que não era fácil dirigir, presidir ou mandar no que quer que fosse. Fazer promessas e ter ideias é o mais fácil. A missão impossível é pôr tudo em prática. Portanto, antes de se ir para a frente com uma candidatura, antes de se abrir a boca para mandar vir com quem está ou já esteve no poder, antes de se prometer mudança e melhoras, convém percebermos se somos capazes e se temos meios para tal. Pode não ser fácil, mas ninguém nos manda candidatar. É por isso que sou da opinião que o Presidente da República e o Primeiro Ministro devem cumprir o que prometeram. E é por isso não acontecer que o meu descredito na classe política portuguesa tem aumentado.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Presidenciais V

Cavaco disse: "Farei tudo para os jovens do meu país acreditarem em Portugal".

É bom que faça mesmo tudo. Cada vez acredito menos. Quando me lançar no mercado de trabalho voltamos a falar.

Presidenciais IV

José Manuel Coelho será o próximo adversário de Alberto João Jardim. Daqui a uns anos voltamos a falar do assunto.
(Só para ficar registado. E para mais tarde poder dizer "eu bem vos avisei")

Presidenciais III

O meu pai não votou porque o sistema informático foi abaixo. Nenhuma secção de voto englobava o seu número de eleitor. Aconteceu a muitas mais pessoas. Depois falam da abstenção de 50%. E criticam os portugueses por não sairem de casa para votar.

Presidenciais II

Os discursos dos derrotados são sempre feitos como se se tratasse de uma vitória. Nada a fazer, nunca mudam.

Presidenciais I

José Manuel Coelho teve mais de um voto. Daqui a 10 anos o acontecimento é datado nos livros de História de Portugal.

Sem tirar nem pôr

sábado, 22 de janeiro de 2011

Episódios negros que marcam uma infância

- Ter tamagotchis (Se bem que não duravam muito. Não sei se era o raio das pilhas, se era eu que não tinha vocação para alimentar os bichos)
- Usar calças de bombazine larga
- Usar panamá
- Ter medo do cadeirudo
- Dançar e fazer playback dos Excesso numa festa da escola

Como é que superei estas (e muitas mais) atrocidades, tornando-me numa pessoa sem (muitos) traumas? Como?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Piada sem qualquer pretensão de racismo

Lucy: Queres chá verde óu preto?
Djaló: Pode ser.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E a saga continua



Os Globos de Ouro já foram, os BAFTA estão aí à porta e já não falta muito para os Óscares. E há uma lista de filmes para ver. Desta feita foi o Burlesque, que da minha parte leva nota positiva. Para quem gosta de um musical com enredo à mistura, é ver.
Ainda há bocado calhou em conversa nomes terríveis que uma pessoa pode ter. E eu dizia que não gostava de Santiago, Sebastião, Salvador, Delfim e afins. Esqueci-me de referir outros ainda melhores como Anacleto, Belmiro, Pelixo, Gervásio, Ambrósio e Albertino. E agora dou por mim a agradecer pelos meus pais terem tido tino suficiente para não me desgraçar à nascença. E por não terem o gosto tão apurado (e duvidoso) da Lucy e do Djaló. É que se uma menina carrega a cruz de se chamar Lyonce Viiktórya, eu nem arrisco imaginar como se chamaria um filho deste casal. Esta é a prova viva de que a conversa de haver pais que deveriam ser processados pelos filhos devido ao nome que têm não é apenas uma anedota. Isto é vida real. E obrigado por não ser a minha.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vantagem de se ter facebook

Nunca nos esquecemos das datas de aniversário da malta.
(Se desse, agora punha um like nesta aplicação)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Já não era sem tempo


Pois é, o melhor programa da televisão está de volta. Já andava há uns tempos a espreitar a RTP2 à noite, mas sempre sem sucesso, até que ontem lá estava a iniciar a 4ª temporada. 

domingo, 16 de janeiro de 2011

Das Presidenciais

A política a mim não me fascina. Tenho um descrédito (quase) total pela classe que governa e representa o país. Falam-me de política e assim à primeira vista lembro-me sempre de corrupção e ataques pessoais. Vem-me tudo à cabeça menos ideiais como responsabilidade, governação e sinceridade. E acompanhar, ainda que não seja totalmente, a campanha das Presidenciais só me tem mostrado que não ando muito longe da verdade. Basta estar atento a uma intervenção de qualquer candidato para ouvir logo ali meia dúzia de ataques pessoais a outro concorrente. Dá-me sempre a sensação que se estão a cagar para o interesse superior do país. Querem é ganhar aquilo. E para isso não vale muito a pena apresentar e defender as propostas e os seus ideias. Podem até falar disso, mas no que são especialistas é a ofenderem-se uns aos outros. Em vez de se limitarem a justificar ao povo os motivos pelos quais se deve votar neles, preferem o escrutínio aos outros concorrentes. Preferem mostrar ao país quão maus são os seus adversários, deixando para segundo (ou terceiro) plano evidenciar as suas qualidades enquanto possíveis Presidentes da República. E é por isso que acho que esta campanha tem sido uma autêntica vergonha. Um verdadeiro diz-que-disse, um campo de batalha, como, na verdade, já tão bem habituados estamos. Depois outra coisa que não entendo muito bem é ver esses senhores a frequentarem talhos e praças de comércio local, todos sorrisos, passou bem para aqui, beijinho na peixeira para ali. E no meio disso um "vote em mim" e outro "sim, sim, a sua reforma é muito pequena, é um grande problema que eu, herói cá do sítio, vou resolver, deixe-me só chegar a Belém". Mandasse eu neste país e isto era proibido. Então só se lembram que o povo existe quando precisam de votos? É que nunca me lembro de alguém que depois de já estar sentadinho em Belém ou em São Bento vá visitar o mercado do Bolhão ou as peixeiras da Nazaré a perguntar se estão satisfeitas ou se afinal continuam a passar dificuldades. Por mim a campanha política era apresentada com debates decentes na televisão. As pessoas ouviam todos os candidatos, com igual poder de antena, e depois decidiam em consciência. Não havia cá arrufos e bandeiras durante visitas às cidades e apertos de mão cínicos. E muito menos se gastavam balúrdios durante as campanhas, visto que o país está em crise. Mas mesmo com todo este descrédito pela classe política que este país tem, dia 23 vou votar. Para poder reclamar e para usufruir dos meus direitos, tenho que cumprir com os meus deveres. Não é que já tenha feito a minha escolha. Neste momento só sei quem está na minha lista negra e quem ainda tem hipóteses comigo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Complexo



Sair de um exame e enfiar-me novamente em casa para prosseguir o estudo? Não. Só se fosse louco. Aproveitei e vi o documentário Complexo Universo Paralelo. Confesso que estava à espera de outra coisa, mas gostei. Sempre quis conhecer uma favela por dentro. E ainda quero. Mas por enquanto prefiro ver em vídeo, assim bem ao longe. Garantam-me mais segurança e nada de armas apontadas à cabeça que, aí sim, apanham-me a andar a pé pelo Complexo do Alemão, Cidade de Deus e Belo Horizonte. Mas vejam o documentário, porque mostra-nos uma realidade bem diferente da nossa, um autêntico universo paralelo àquilo que estamos acostumados. Que venha o livro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Horóscopo: Boas notícias

Foi com desagrado que recebi a notícia que andei 21 anos enganado. Por momentos deixei de ser virgem e passei a ser leão. E eu que achava que a descrição dos virginianos até tinha coisas em comum comigo. Mas descansem, porque as alterações que andam por aí a falar só se aplicam a quem nasceu a partir de 2009.


Agora o que me inquieta é saber como é que a Maya vai dar a volta à questão para continuar a sacar 100€ por consulta de astrologia.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Como alegrar o meu estudo

Receber uma mensagem a dizer que os Coldplay vão actuar no Optimus Alive'11. Isto sim, é uma boa notícia.

Objectivo para toda a vida: viajar



Cada vez mais as conversas de cafés, almoçaradas e jantaradas acabam no mesmo assunto: viajar. Para mim é um objectivo para a vida. Quero conhecer o mundo. Todo, de preferência. Ver museus, conhecer culturas diferentes, contactar com outros hábitos, conhecer a língua, as ruas das cidades, ver paisagens deslumbrantes. Quero dar a volta a volta mundo. Não em 80 dias, mas a vida inteira.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Isto de andar na faculdade é tudo muito giro, há festas (quase) todos os dias, é querer sair e há sempre alguém disponível, conhecem-se pessoas fantásticas, fazem-se amizades para toda a vida. Mas a faculdade é também uma escola da vida. Não só nos proporciona e mostra o que é bom, mas também nos apresenta o mau. Também nos mostra que há sorrisos e relações por conveniência, que há malta que anda ali sem o objectivo de travar conhecimentos sem segundas intenções, que há gente capaz de fazer qualquer coisa para atingir os seus objectivos, pessoas a quem sabe muito bem receber, mas que desconhecem completamente o significado de partilhar. É andar desatentos e em três tempos somos endrominados sem dar conta. Mas felizmente, juízo, cautela e atenção são três coisas que eu mantenho sempre presentes. E, por isso mesmo, quando essas pessoas se chegam para o meu lado, vêm bater à porta errada. É que a mim não me faz sentido nenhum travar amizades durante o exame com pessoas que até já me andaram a criticar, só porque dá jeito trocar umas opiniões sobre qual será a resposta certa, ou só porque a outra pessoa está mesmo aflita e é uma questão de vida ou de morte. Como também não me faz sentido receber e responder a sms de natal de pessoas que andaram a dizer mal de mim. É que pessoas como estas pensam sempre que são os únicos espertos do sítio e que o que fazem nunca chega aos ouvidos dos outros, mas enganam-se. O grande problema é mesmo esse: acharem que são mais espertas que os outros. É isso e não serem coerentes. E são situações como estas, mas não só, que me têm moldado e vincado o carácter. Que me fazem ter tolerância zero para idiotas e pessoas mesquinhas. Se não valem a pena, escusam de me chamar. Porque eu não estou nem aí.

O Turista


Não percebo as críticas que andam por aí ao filme. Se podia ter mais acção? Podia. Mas mesmo assim vale a pena.
Hoje fiquei sem saber o que dizer. Há momentos e situações que nos roubam o dom da palavra. Em que não é possível proferir nada de jeito. Porque nada que possa ser dito írá aliviar a dor da perda. É em momentos como este que me apercebo da efemeridade da vida. Daquela coisa tão certa, mas ao mesmo tempo tão absurda, que é pensarmos que de um segundo para o outro tudo pode mudar. E quando esse dia chega, nunca estamos preparados, estando já à espera ou sendo apanhados de surpresa. Hoje agradeci pela sorte que tenho. Pelos amigos que fiz e por todos estarem sãos. Porque ao fim ao cabo é isso que mais importa. Que estejam bem de saúde e felizes.
Este post reflecte, da melhor maneira possível, o que eu hoje pensei e não consegui colocar em palavras quando era altura de o ter feito. Este post é para a Mi. Força!
 
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Vinicius de Moraes

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sobre o caso que chocou a opinão pública

Também a mim me chocou o caso que abalou a opinião pública. Também eu fiquei surpreso ao ler a primeira notícia. Fiquei incrédulo pela descrição do crime. E sim, chamou-me mais à atenção por se tratar de uma figura pública. Se a notícia não fosse sobre alguém que só por si já confere mediatismo à coisa, possivelmente passava-me ao lado. Além de todo o contexto macabro que envolve a situação, o que me choca também são determinadas reacções à volta do assunto. Vejamos:

Morre um ser humano e os portais de notícias enchem-se de comentários mal intencionados do género "é bem feita, era um paneleiro, merece estar morto". É este o retrato da nossa sociedade. Uma sociedade que se rege pela intolerância, pela frieza e pela falta de sensibilidade. Pelos vistos tolera-se melhor um homicídio com pormenores dantescos que a homossexualidade. E ainda quem sai vitorioso do crime é o assassino. Grande herói que deu a conhecer Portugal ao mundo. Triste. Muito triste.

Depois também não percebo a indignação de algumas pessoas em relação à exploração desta história nos media. Que os meios de comunicação passam metade do tempo a falar do assunto é verdade. Mas esquecem-se que toda a sociedade comenta e quer saber pormenores. Ainda há quem defenda que um assunto tão sensível como este não devia ser tão exposto. Mas essas pessoas esquecem-se que se trata de Carlos Castro, um homem que fez da vida dos outros notícia (e muitas vezes também escárnio e mal dizer). Este desfecho trágico acaba até por ser irónico.

Os amigos mais chegados da vítima referem-se a Renato Seabra como o companheiro actual de Carlos Castro, referindo que a relação entre ambos já durava há alguns meses, que viajavam juntos para vários sítios e que Carlos Castro suportava todas as despesas. Já os amigos e familiares do homicida fazem sempre questão de salientar que a relação era apenas de amizade. Pois bem, eu acho que não se trata de uma coisa nem de outra. É puro oportunismo. De ambas as partes. Sendo que me choca muito como é que alguém é capaz de manter uma relação nestas condições com o intuito de subir na vida, entenda-se por isso, ganhar posição social e arranjar trabalho.

Não percebo porque é que as pessoas não se resguardam nestas situações e, em vez disso, até se pelam para aparecer à frente de uma câmara. Mesmo que o discurso seja "era uma jóia de moço, nunca o via a fazer aquilo" (pois... se alguém desconfiasse secalhar estava internado) ou, pior ainda, "se realmente foi ele que cometeu o homicídio de certeza que estava sobre o efeito de alguma substância". A mim parece que pessoas que pensam assim é que estão sobre o efeito de uma qualquer substância. Uma substância muito forte e vitalícia, por sinal. Como se alguma coisa justifique um crime tão horrendo. Como se não houvesse outra maneira de se fazer justiça, se é que havia algo em dívida. Mas mesmo que houvesse alguma justiça por se fazer, existem outros meios de a conseguir. E de não lixar a própria vida, nem a dos outros.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

É assim que querem que eu goste de animais?

Durante os exames do semestre passado eram os vizinhos emigrantes que me davam música nas sessões de estudo. Eles eram grandes patuscadas até às tantas, eles eram sessões de fado e jazz, eles eram gargalhadas, eles eram tardes de piscina. Era só boa vida e eu que a ouvisse a alto e bom som e que me concentrasse nas sebentas à mesma. Agora que eles não estão cá, a música é outra. Pois que o cão de um vizinho (que eu ainda não descobri quem, mas já faltou mais) decide passar o dia a ladrar. Sim, é mesmo isso. Não estou a exagerar. O cão não se limita a ladrar 5 minutinhos por dia. Só descansa para recuperar o fôlego e afinar a voz. E o pior é que ele é uma espécie de maestro. Basta ele dar o primeiro sinal, entenda-se ladradura, que o resto dos cães da urbanização fazem logo o favor de acompanhá-lo sem hesitarem. E eu passo o dia nisto. A estudar, a tentar ignorar os ão-ão que se ouvem a quase toda a hora e a odiar aquele cão como se não houvesse amanhã. Chego mesmo a pensar para mim que é hoje que eu vou tocar de porta em porta a perguntar se são os donos do cão irritante, mas os dias passam, eu não pergunto e ele continua são, saudável e barulhento. A verdade é que até tenho pena do animal, embora ele não tenha pena nenhuma de mim. É que o bicho de certeza que tem raiva. Ou fome. Ou precisa de atenção e os donos não o deixam sair do quintal para dentro de casa. Ou sente-se sozinho e angustiado por ouvir outros cães perto e não poder brincar. Eu sei lá, só sei que é muito desagradável. E que qualquer dia perco a vergonha e ganho coragem para falar com os donos, que não têm consciência que um animal neste estado está perturbado e perturba os outros. É que não há paciência.

sábado, 8 de janeiro de 2011

De 2010 para 2011 foi assim

Eu sei que corro o risco de ser apedrejado por já ter passado o prazo limite de se falar da passagem de ano. A verdade é que só agora é que tenho as fotos em minha posse. Aqui fica uma mini foto-reportagem para mais tarde recordar. O resto fica em segredo, que não pode ser tudo revelado.

 


A urbanização e a casa. Ou as casas, visto que ao 2º dia andámos
 em mudanças porque afinal o esquentador não funcionava. 

A caminho de Óbidos.

Óbidos. Falta a foto da ginginha (ou das ginginhas).
Beber e tirar fotografias ao mesmo tempo não dá jeito.

Afinal em Óbidos também há bambis.

A animação da passagem de ano. Ou lá o que queiram chamar.
Ou como adormecer a meio de uma conversa.
(Um dia o assunto será abordado)

A mesa antes. O depois ficou só registado na minha cabeça.
Na manhã de dia 1 ninguém diria que tinha jantado aqui.

Anoitecer de dia 1.

Como na infância somos inocentes

Quando era criança acreditava que só se estudava de segunda a sexta.

Trauma de infância

Quando era pequenino e ia ao circo sempre houve uma coisa que me assustou. Não, não tinha medo que os leões saltassem para a bancada, nem tremia se o trapezista falhava na técnica. O meu grande medo eram os palhaços. Sempre os achei uns tipos muito simpáticos e engraçados, mas à distância. Eu aqui e vos aí bem ao longe, nada de contactos muito próximos. Ficava sempre em pânico quando chegava o momento de escolherem alguém do público para ir fazer um truque com eles. Encolhia-me na cadeira, tentava disfarçar ao máximo, a olhar para os lados, mirando-os pelo canto do olho. E respirava de alívio quando já havia um escolhido que não eu. Ora, está visto que este trauma de infância ainda me acompanha. Há coisas que nos marcam para a vida. E por isso confesso que hoje quando fui ao circo cada vez que aparecia um palhaço eu só pedia para não me escolherem, passem a outro por favor. Felizmente correu tudo pelo melhor, nenhum truque exigia a presença de um elemento do público e eu pude descansar. Hoje os palhaços subiram na minha consideração. Pelo menos aqueles. Interacção com o público sim, mas q.b.. Nada de exageros. E eu agradeci. E respirei de alívio.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

As pessoas eram mais coerentes, assim em geral, se não tivessem a memória curta.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Está oficialmente aberta a época de exames finais


E com ela surge também das piores alturas do ano. Então, com licença, vou ali enfiar a cabeça nos livros e vou à faculdade ver se me faço.

E irem logo directos ao assunto?

E quando nos vêm com a conversa "Olá, tudo bem contigo? Olha podes dizer-me... Olha manda-me lá o documento... Olha podes..." assim de rajada? Não percebo qual é a necessidade. Por mim podem ir logo directos ao assunto e passarem a parte formal da coisa. É que dá perceber muito bem que estão tudo menos interessados em saber como estou e em cumprimentar-me.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Na caixa do Pingo Doce

A senhora à minha frente, depois da menina da caixa lhe dizer o valor da compra, exalta-se e, num rasgo que não cheguei a perceber se era de surpresa ou de indignação (fiquei confuso, até mesmo a senhora ficou confusa), perguntou "então mas aqui não se aumenta o IVA? É o único sítio onde os preços não mudam?". Lá teve a menina da caixa que lhe explicar que não, os preços no Pingo Doce não aumentaram, que continuam com os mesmos preços baixos (cof cof), que o dono do Pingo Doce é que está a suportar todo este aumento. Olha que chatice! Coitadinho do dono, ou dos donos. É desta que abrem falência. Mas voltando à senhora indignada/surpresa. Depois de tanta publicidade sobre o assunto, tenho para mim que era a única que não sabia de nada.