domingo, 31 de julho de 2011

Notas soltas

Já há muito tempo que não passava uma semana sem internet.
Foi assim o início da minha temporada no Algarve.
Uma semana de praia e jantaradas.
Não quero jurar a pés juntos, mas desconfio que vi o stress e o cansaço a evaporarem-se enquanto me esticava na toalha.
Finalmente ganhei cor.
Verifiquei que tenho intolerância zero para faltas de educação e falsidade.
Andei um pouco alienado em relação ao mundo em geral.
Ainda assim lamentei a morte da Amy Winehouse. Uma grande perda na música.
O Correio da Manhã ainda me permitiu constatar  que este mundo anda louco, e que grande parte dessa loucura está na Noruega e em Proença-a-Nova, com as touradas de carros.
Tenho para mim que o Benfica já não compra jogadores para formar equipa. Acho que andam a coleccionar cromos para pôr numa caderneta real.
Tenho tido tempo para lamentar a minha incapacidade de dormir na praia. Se alguém souber de alguma fórmula que me ajude a passar pelas brasas é favor chegar-se à frente.
Eu sei que só na segunda-feira é que começa o mês do emigrante, mas já sinto falta dos Jean Pierres e das Stephanies Tatianas na praia. Valha-me a família do toldo de trás que tirou as férias para revisitar e saborear a gastronomia portuguesa, com provas de vinho branco todos os dias, sempre acompanhadas com um queijinho da serra.
A voz não dura para sempre, que o diga o José Cid. E o tino também não. Dizer, em pleno concerto, a uma senhora “depois de uma dieta a gente conversa” é prova disso.
O país está em crise. E os restaurantes cheios. E a marina de Vilamoura virou o Sambódromo, com tanta gente a desfilar.
Nunca adormeço antes das 2.30h.
Vou acabar de ler um livro.
Parecendo que não, isto é que vida.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Época de exames finais #13

Momento alter-ego do dia.


Mas hoje tenho direito. Está tudo feito e à primeira.
Que comece a boa vida!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os funcionários públicos enxovalham-nos publicamente e nunca vão presos

Tenho quase a certeza que nenhum funcionário da Loja do Cidadão ou do Governo Civil tem queda para a fotografia. Ou isso, ou então é tudo gente amargurada com a vida que pensa "se eu tenho de estar aqui a atender pessoas um dia inteiro com cara de frete, então não penses que vais ficar com bom ar no documento". Não há um funcionário nestas repartições que tenha a amabilidade de perguntar se queremos repetir a foto (e não me venham com a história que se o modelo não é bom, a fotografia nunca o será - não é bem disso que se trata, cof cof). Se algum de vocês me está a ler, percebam que há gente que não tem a fotogenia como qualidade e que não fica bem ao primeiro click. Já agora, se não for pedir muito, transmitam a mensagem aos colegas (sugiro que aproveitem uma das enésimas pausas durante o horário de expediente para o fazerem). Aproveito também o momento para agradecer o ar de refugiado do Kosovo que tenho no cartão do cidadão e a cara de pessoa que acabou de sofrer uma trombose que apresento no passaporte. Parece-me que à vossa conta não há alfândega que me escape.

sábado, 16 de julho de 2011

É que eu sou sempre quem leva o vinho

Espero que o que uma pessoa leva para um jantar de amigos em que cada um fica de levar algo não diga muito de si.

Já não se fazem alunos de secundário como antigamente

Não me quis pronunciar em relação à desgraça que foi a média geral do exame nacional de Português sem ver o exame. Confesso que nunca desconfiei que fosse difícil, mas quis mesmo confirmar que há gente da nossa terra que não entende português. Ora o exame tinha um poema de Álvaro de Campos e as perguntas de interpretação eram realmente rebuscadas, que até era pedido para o aluno identificar duas sensações do sujeito poético. Onde é que já se viu isto? Que ultraje! Assim torna-se impossível obter aprovação, até para o melhor dos alunos! Depois ainda era pedido um texto de 80 a 130 palavras (outra prova de fogo, escrever 10 linhas!) sobre um dos heterónimos de Fernando Pessoa - Ricardo Reis, que é tão, mas tão pouco estudado e falado nas aulas. Tinha ainda um grupo de interpretação de um texto com escolha múltipla e, como se não bastasse o testamento sobre Ricardo Reis, o aluno ainda tinha que ter coragem para fazer outro texto, desta vez com a missão impossível de escrever entre 200 a 300 palavras. Uma verdadeira prova de fogo. Estou chocado. Ainda bem que no meu ano a malta do Ministério da Educação andava a dormir. Só isso pode explicar o facto de eu me ter safado à grande. 

A minha questão é a seguinte: o que é que se passa com esta malta? Compraram o dicionário calão e decoraram-no de uma ponta à outra? Não lêem o jornal de vez em quando? Não se cultivam com um livro? Não quero interferir com os hábitos de ninguém, mas tenho para mim que ajudaria bastante k ñ excrexem mensagenx axim, xeias de erruhs que dah dó. É só uma ideia, nada de levarem isto a peito. Cada um sabe de si. E se quer ou não dominar (e escrever) a língua nativa.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Há sempre um hipocondríaco em cada um de nós*

Ontem ao final da tarde começaram-me a doer os rins e a dor intensificou-se de tal maneira à noite que não arranjava posição para dormir sem me doer. Fiquei acordado até às cinco da manhã e às oito já estava a pé.

Auto-diagnóstico: isto de certeza que são os rins a falhar, é irremediável, vou ter de fazer hemodiálise o resto da vida.
Diagnóstico do médico: isso foi uma simples contracção muscular, é muito comum acontecer.


* Ou serei eu paranóico? Nunca fico alarmado, mas desta vez as dores levaram-me a temer o pior.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Constatação

Nos últimos tempos tenho ido ver publicidade ao cinema.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Época de exames finais #12

Sou muito bom a fazer cábulas. Já usá-las é outra conversa. Podem estar mais 50 pessoas no auditório mas eu acho sempre que o professor está é desconfiado de mim, quando na verdade toda a gente está a tirar papéis do bolso. Tenho a mania da perseguição. Acho até que suo um bocadinho quando tento tirar os auxiliares de memória para fora. E isto preocupa-me, porque do mesmo modo seria um ladrão muito mau (e como isto anda, nunca se sabe o que será preciso fazer no dia de amanhã).

terça-feira, 5 de julho de 2011

Época de exames finais #11

Deixar algo em branco é que não (só quando é a descontar).


Não entendo aquelas pessoas que dizem que se ganhassem o euromilhões não iam mudar muito a sua vida e acabariam o curso universitário. Mas quem é que no seu perfeito juízo e com centenas de milhões de euros nos bolsos pensa, assim a curto prazo, acabar o curso? Assim de repente pairam na minha cabeça muitas ideias para ocupar o tempo e gastar o dinheiro. E nenhuma delas passa por andar a estudar nos tempos mais próximos. Eu se ganhasse dava a volta ao mundo. E não era em 80 dias. Depois disso, logo via o que me apetecia fazer. Eu até compreendo a parte em que acabar o curso faz parte da realização pessoal de muito boa gente, mas, afinal, qual é a pressa? Há toda um planeta por descobrir e há mais mundo para lá das sebentas e dos exames. É por isto que eu tenho fé que o euromilhões um dia me calhe a mim e que a malta pouco ambiciosa não passe do 12º prémio. Admito, sonho alto. Mas qual é o mal? Já ando com os pés bem assentes na terra durante o dia-a-dia. 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Como ser entrevistado num festival de verão e ter a certeza que a entrevista não vai passar na TV

Dizer que só se foi ao festival porque o bilhete foi à borla. É um turn off incrível. O mais engraçado é ver a cara de "o que é que faço agora?" da repórter.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Não gosto de ser uma pessoa paranóica, sempre com o medo da perseguição e a pensar o que é que me vai acontecer a cada instante quando estou na rua. Mas começo a olhar para as caixas de multibanco com outros olhos. Mais vale prevenir e averiguar se têm algum objecto estranho perto como, por exemplo, uma bomba (este exemplo foi escolhido aleatoriamente). Mas alguém anda a querer seguir as pisadas da ETA ou do Bin Laden?