segunda-feira, 30 de abril de 2012

O que se ouve na farmácia #11

Eu: Como se chama?
Utente: Graciete.
Eu: E o apelido?
Utente: Não tenho apelido, só tenho alcunha. É sinense, porque eu sou de Sines.
Eu: Não... Qual é o seu último nome?
Utente: Graciete Maria Santos. Não tenho apelido, só tenho alcunha.
Eu: Tem apelido tem. O seu apelido é Santos. A alcunha é que é sinense.
Utente: Ah... Estamos sempre a aprender, já viu?

sábado, 28 de abril de 2012

Uma vénia ao Vítor Norte se fazem o favor

Daniel Oliveira: O que dizem os teus olhos?
Vítor Norte: Os meus olhos dizem que ainda não preciso de óculos para ver ao longe.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Desde que ando a distribuir fitas de finalista que já um número considerável de gente me perguntou "então e a caneta para eu escrever isto? Ainda vou ter que gastar dinheiro?". Ora vamos lá ver se nos entendemos:
1) Eu já gastei dinheiro em comprar a fita;
2) Não comprei não uma, não duas, mas sim 45 fitas; portanto é de prever que não me posso dar ao luxo de estoirar a mesada em canetas para toda a gente;
3) Não é todos os dias que se recebe uma fita da minha pessoa. É daqueles momentos que ninguém esquece na vida. O que quero dizer é que é uma honra receber uma fita minha.

PORTANTO, deixem-se de armar em esquisitinhos e forretas, porque eu bem vejo a vossa cara de comoção quando vos dou a fita.

domingo, 22 de abril de 2012

Gostava muito de ser entrevistado pelo Daniel Oliveira para que no final da conversa lhe pudesse dizer: "os meus olhos não falam, deixa de fazer perguntas idiotas".

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vai mas é trabalhar

Hoje aconteceu uma situação na farmácia que eu odiei. Estávamos no meio do atendimento, eu mais o técnico, e a senhora, romena, começa a balbuciar algo sobre carimbos. Que agora precisava de carimbos, que eles agora pediam isso e que ela tinha que apresentar. É aí que saca de um papel do fundo de desemprego já bastante carimbado. Foi então que percebi que estava diante de uma chula, uma verdadeira desempregada profissional. O técnico lá lhe carimbou o papel e ela ficou toda satisfeita, claro. Já tem carimbo para os próximos quinze dias. Mas eu tive que me insurgir. Claro que esperei a senhora fosse embora, o mal já estava feito. Então aquela calona pede assim um carimbo sem perguntar se temos trabalho para ela? Não houve cá nada de discurso a dizer que está desempregada, que precisa de trabalhar, que está pronta para fazer qualquer coisa. Muito menos falou no currículo (nem deve saber o que é). Limitou-se a seguir o caminho mais fácil, para continuar a viver à conta do Estado e dos contribuintes. E o que me lixa mesmo a sério é que daqui a um ano, quando já estiver a trabalhar (assim espero), vou estar a pagar impostos para gentalha desta espécie passar a vida refastelada no sofá. Puta que pariu.

Um pequeno aviso à comunidade: se me chegam à farmácia e me pedem um carimbo preparem-se para o meu discurso cínico a perguntar-vos qual a vossa área de formação, o que estão dispostos a fazer pela vida, se querem deixar o CV ou se preferem falar com o patrão. Eu cá só carimbo recibos e receitas.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que se ouve na farmácia #10

Utente: Tenho que ir ver disto, porque eu em dois dias perdi dez quilos.
Eu (espantado): Em dez dias?
Utente: Não, em dois. Dois dias!
Eu: Mas vomitou? Teve diarreia?
Utente: Não, nada disso. Deitei-me de uma maneira e quando acordei já parecia outra.

Ponham os olhos nesta senhora que perde mais peso a dormir do que os concorrentes do Biggest Loser perdem numa semana!

Que ideia (de gente) louca

Então quer dizer que lançaram por esse oceano atlântico fora o Titanic Memorial Cruise, com o objectivo de recriar a rota do Titanic, com direito à mesma ementa e às roupas da época?! Mas quem é que no seu perfeito juízo se mete numa ramboieira destas? Gente louca, digo eu. Mais propriamente 1309 passageiros, o mesmo número que caiu às águas há cem anos atrás. Será que tiveram medo de comprar o bilhete? O coração não bateu mais forte? Acharam mesmo que ia tudo correr bem, que o karma afinal não existe? Pois é, diz que quando chegaram a meio caminho tiveram que voltar para trás porque apanharam mau tempo (não estamos no verão para fazer cruzeiros senhores) e porque um passageiro se sentiu mal do coração. A mim admira-me ser só um a sentir-se mal do coração e não ter desatado toda a gente a hiperventilar e a ter taquicardias de hora a hora. Seria óbvio que num barco (embora recriado), com um passado tão negro, fazia sentido haver um bloco operatório e uma equipa médica ao dispor. Há gente muito louca. Mas tentem novamente. Pode ser que à terceira seja de vez.

sábado, 14 de abril de 2012

O que se ouve na farmácia #9

Isto são pérolas atrás de pérolas e eu acho que a minha missão é partilhá-las. A última aconteceu quando medi "os diabetes" a uma senhora e lhe revelei o resultado altíssimo que deu.

Utente: Desculpe, não me esteja a dizer que eu tenho açúcar no sangue, isso é impossível, porque eu deixei de comer bolos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O que se ouve na farmácia #8

Utente: Isto que eu tenho são nervos. Mas não é por fora doutor... isto que eu tenho são nervos interiores.

(Existem pessoas que me tiram a fala)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Obrigado TVI

Por me mostrares um Pablo Alborán (Micaela) com unhas de gel. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Quem disse que só sabe bem na praia?

Uma das maravilhas do Algarve

terça-feira, 3 de abril de 2012

A dona Glória

A dona Glória é uma das utentes lá da farmácia que eu fixei assim que comecei a atender ao público. É uma das pessoas que vai lá quase todos os dias. Ora é para medir a tensão, ora para comprar medicamentos. Mas gente a medir a tensão e a comprar remédios constantemente é o que não falta por lá. O que me fez não esquecer mais a dona Glória é o ar de coitadinha que carrega todos os dias. Ao início não estranhei - não a conhecia. Mas depressa apanhei-lhe as manhas (ou detectei-lhe o feitio) e comecei a topar que a dona Glória não se alegrava quando a tensão estava boa. Isso não é motivo para aquela mulher sorrir ou ficar mais aliviada. Para se ver a dona Glória satisfeita é dizer-lhe que a tensão está altinha. É falar-lhe da mesma maneira que falamos para uma criança de 2 anos, sendo que a cereja no topo do bolo é metermos a palavra coitadinha no meio do discurso. Aí sim, a dona Glória fica satisfeita. Juro que não tenho paciência para pessoas deste género. Ao início tinha pena da senhora, mas agora não consigo, porque não gosto de pessoas coitadinhas. A dona Glória entra sempre na farmácia com os ombros descaídos, de forma a dar o efeito de corcunda (e consegue, que ser coitadinha dá trabalho) e olha sempre para nós com um ar de pedinte do pior, como se toda a miséria do mundo a tivesse atingido. E nós já vamos prevendo que dia menos dia a dona Glória entre na farmácia a rastejar, mas com um sorriso de orelha a orelha. Porque são assim as donas Glórias desta vida: quanto mais coitadinhas se mostram mais contentes ficam. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mais uma pérola para juntar ao reportório nacional

Gostava de saber o que é que se passou na cabeça do Ângelo Rodrigues para se armar no Alexandre Frota da música. Ora reparem nos seguintes títulos das maravilhosas músicas do CD que acaba de editar: Porno Star, Fazes-me Dizer Oh e Striptease. Tudo bem que o rapaz é assediado cada vez que sai à rua e tem uma namorada toda gira que lhe desperta o instinto animal, mas quer dizer... podia ter produzido o CD quando o estado hormonal já não estivesse nas alturas. 

O que se ouve na farmácia #7

Utente: Isso é à base de calorias?

(É senhora, este medicamento para emagrecer é todo ele à base de muitas calorias. E o ar também, por isso nada de abusar na respiração 'tá bem?)