quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Constatações de um estagiário

E a quantidade de viagra que se vende numa farmácia, senhores?! Não fazia a mínima ideia que existem tantos homens a precisar do milagroso comprimido azul.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um filme que não fez parte dos Óscares, mas que podia/deveria ter feito


Até hoje poucos filmes me conseguiram emocionar ao ponto de chorar. A história deste filme é pesada e enquanto o via só pensava em como todo o processo que envolve o cancro deve ser horrível e que não quero nunca passar por uma situação destas. Nem sofrer na pele nem ter (mais) familiares ou amigos atingidos por tal calamidade.

Óscares 2012 - as minhas apostas

Este ano não vi tudo o que havia para ver de nomeados para os Óscares. Por isso as minhas escolhas podiam ser diferentes se não me tivessem escapado filmes como:

Cavalo de Guerra
O Artista
Extremamente Alto e Incrivelmente Perto
A Árvore da Vida
Beginners
Albert Nobbs
Os Homens que Odeiam as Mulheres

Aqui ficam as minhas apostas. Amanhã veremos se tenho futuro como crítico de cinema.


Melhor Filme

Quase de certeza que ganha O Artista, mas eu gostava que fosse este.
Só não aposta no Midnight in Paris porque embora o filme seja muito bom o Owen Wilson deixou muito a desejar.

Melhor Actor Principal

Aqui não arrisco, porque só vi o Moneyball e Os Descendentes.
Só digo que nem o Clooney nem o Brad Pitt merecem, embora não tenham estado mal.

Melhor Actriz Principal

Embora a Viola Davis e a Michelle Williams também tenham estado muito bem.

Melhor Actriz Secundária

Para a Octavia Spencer, claramente.

Melhor Realizador

O Woody Allen é um génio

Podem deixar aqui as vossas apostas e apreciações. As minhas valem o que valem.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O que se ouve na farmácia

Depois de ter ido buscar todas as caixas de medicamentos, diz-me a utente:
Eu levo estes medicamentos, mas traga-me outras caixas porque estas têm energias negativas. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

That awkward moment when...

... quando vês uma pessoa acenar ao condutor da frente pelo tejadilho do carro enquanto conduz.
O atendimento disponibilizado ao utente (e a um cliente no geral) deveria ser proporcional ao seu grau de simpatia. Se fosse o caso, hoje deveria ter mandado uma senhora à merda.

Há pessoas que simplesmente nos testam para perceber qual o nosso limite. Esquecem-se é que a boa educação consegue, por vezes e especialmente nesses casos, ser ilimitada. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Um conselho ao irmão da Sara Norte

O melhor é ficares escondido e calado, miúdo. Não vale a pena apareceres nas revistas a dizer que vais limpar o nome da tua irmã. É que não há nada para limpar, a não ser o estômago, a quem transporta consigo 800 gramas de heroína. A tua irmã não é nenhuma ingénua. Não vale a pena dizeres que pediu um kebab na sua inocência e que ingeriu quase um quilo de droga sem se aperceber.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Nos últimos dias vi a Branca de Neve, o Dartacão e as tartarugas ninja. Vi o lobo mau e capuchinhos vermelhos. Vi vários Robin dos Bosques e vi uma enfermeira com uns 2 anos. O Scream apareceu-me à frente mas já não me mete medo, tal como o boneco parvo do Saw. Vi a Lucy e o Djaló (nossa que biolência!) e vi os LMFAO. Vi empregadas atrevidas e vi matumbinas com um cú que pareciam quatro. Vi o pato Donald em versão 2 anos e vi um leão bebé. Também vi um dalmata e vi ciganos e ciganas. Vi palhaços e princesas. Vi chinesas e vi três Jorge Jesus. Vi odaliscas e polícias. Vi lutadores de sumo e vi o Michael Jackson. Vi diabos e vampiros. Vi Jokers e Jack Sparrows. Vi uma catrefada de estrunfes vi deusas gregas. Também me passaram pela frente trolhas e travecas. Vi o Spongebobe e o Hulk. E o homem aranha e o super homem acompanhado da super mulher. E as pessoas (que me) viram um guarda real britânico.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Primeiro foi a Amy Winehouse. Agora a Whitney Houston. Qualquer dia não temos cá as grandes vozes, as que conseguem fazer músicas intemporais.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A culpa não é do sistema

Tenho para mim que o rumo deste país podia começar a seguir um caminho melhor e mais eficaz se a classe trabalhadora não fosse composta por gente resignada. Não precisamos de pessoas a dizer que essa não é a função delas. Que gostariam muito de ajudar, mas que não lhes compete. Chega de gente a desculpar-se, a dizer que o avanço do seu trabalho está dependente do do colega. Não quero mais ouvir que algo fica por tratar porque falta um papel. Quando se quer complicar há-de faltar sempre qualquer coisa. Quando não for o papel é uma assinatura, quando não for a assinatura há-de faltar uma autorização. Basta de "estou só a cumprir ordens". Toda a gente cumpre ordens senhores, mas o que dá mesmo jeito é que se resolvam as coisas. Afinal somos ou não somos conhecidos pela capacidade de dar um jeito (ou um jeitinho)? Temos sempre o discurso tão bem preparado, que onde cabem quatro cabem seis. Para quê complicar? Portugal precisa de trabalhadores práticos. Gente que não complique e que não veja obstáculos onde eles não existam. Temos que ser mais pró-activos, mais dinâmicos. Ter mais disponibilidade e vontade em resolver as coisas. É só isto, não é assim tão complicado. A culpa não é do sistema. A culpa é de quem diz que não é possível antes de tentar, antes de levantar o rabo da cadeira para resolver a situação.
Andei dois dias a pedir o dossier e a identificação de estágio na faculdade. Foram entraves através de entraves. Que era impossível. Faltava ser lançada uma nota. Depois da nota lançada continuava a ser impossível: agora faltava ser emitida uma lista. E eu a exasperar, a ter que ter tudo reunido para começar a estagiar às nove da manhã de segunda. E depois de começar a revelar sinais de desespero, de insistir bastante, de me mostrar disponível para ir pedir a puta da lista, dizem-me "eu vou ver o que posso fazer, mas por especial favor!". E foi assim que, por especialíssimo favor, tive acesso ao que pedi. Porque nem pago propinas e porque quem trabalha numa faculdade não está lá para atender e servir alunos. Puta que pariu!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Já ando para avançar com esta teoria há uns tempos, mas hoje comprovei-a mais uma vez in loco: o hospital de Setúbal tem sempre, todos os dias, mas mesmo todos, ciganos na porta das urgências. Dá ideia que de manhã vão todos para a feira, saudáveis que só eles, é vê-los a vender os relógios da Doce&Cigana e afins, e depois de almoço há sempre um que se queixa com uma dor tãgrande tãgrande e toca de ir entupir as urgências. Não interessa se é apenas um que está doente ou se são dez, que alapam-se todos no recinto. Hoje deviam estar, sem exagero, uns quinze no café e cinco deitados na relva, à espera do desgraçado que estava a sofrer lá dentro. Começo a desconfiar que vão para ali passar as tardes e as noites porque sempre vão conseguindo uma ou outra refeição à borla e, quem sabe, vender qualquer coisa clandestinamente. A sério, parecem lapas. E depois até podiam estar ali, naquele género de figuração, mas estarem calados. O que não acontece, porque discutem uns com os outros, dizem mal dos médicos, enfermeiros e afins, berram de mágoa (ai ele tá tão maliiii). Juro que não gosto de ser racista, mas algumas pessoas levam-me a sê-lo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As minhas amizades

Falavam muito pouco dos seus sentimentos mútuos: as frases bonitas e as finezas afectuosas são, provavelmente, desnecessárias entre amigos tão comprovados.

em Um Dia, de David Nicholls