Colesterol...do Amor

Muito se tem falado da "Vida Loca" da Fanny nas últimas semanas. E não é caso para menos, porque é de uma pessoa ficar louca depois de ouvir a "música". Mas algo não está certo. Este país vira a cara a quem lhe dá tantas alegrias e cabe-me a mim chamar-vos à razão. A Fanny não pode tirar o protagonismo à diva portuguesa, à pessoa que tanto nos entreteu  a infância e que agora nos continua a surpreender. Sim, estou a falar da Ana Malhoa. E porquê? Porque se Fanny tem direito a tanto falatório com a sua vida louca mais o Canuco Zumby e mais o pai que devia esconder-se para parar de ser ridículo e deixar de nos envergonhar a todos, a Ana Malhoa tem também um motivo para o sucesso, dando para troca o Colesterol do Amor. Sim, estão a ler bem, não andaram a fumar cenas. Ana Malhoa brinda-nos com o seu Colesterol do Amor, que arrebata qualquer um com a sua letra profunda. Passo a citar uma das partes:

Não sei que vou fazer (ratata)

Com tanto sofrimento

Tudo o que quero de ti

É um pouco do teu tempo

...

...

(isto sou eu a dar-vos tempo para se recomporem)

Ora muito bem. Isto podia ser uma qualquer canção romântica do Tony Carreira. Não acrescentaria nada de extraordinário ao repertório do senhor e poupava-nos a esta vergonha nacional. Mas não é o que acontece. Caso consigam ouvir toda a música, atentem que, num momento de grande confusão e possivelmente já prevendo um novo êxito, Ana Malhoa deixa escapar num grito "Azucar", coisa que eu não entendo qual o propósito. Ainda se gritasse"Azeite". Agora assim, acho que foge ao contexto da coisa.