quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vai mas é trabalhar

Hoje aconteceu uma situação na farmácia que eu odiei. Estávamos no meio do atendimento, eu mais o técnico, e a senhora, romena, começa a balbuciar algo sobre carimbos. Que agora precisava de carimbos, que eles agora pediam isso e que ela tinha que apresentar. É aí que saca de um papel do fundo de desemprego já bastante carimbado. Foi então que percebi que estava diante de uma chula, uma verdadeira desempregada profissional. O técnico lá lhe carimbou o papel e ela ficou toda satisfeita, claro. Já tem carimbo para os próximos quinze dias. Mas eu tive que me insurgir. Claro que esperei a senhora fosse embora, o mal já estava feito. Então aquela calona pede assim um carimbo sem perguntar se temos trabalho para ela? Não houve cá nada de discurso a dizer que está desempregada, que precisa de trabalhar, que está pronta para fazer qualquer coisa. Muito menos falou no currículo (nem deve saber o que é). Limitou-se a seguir o caminho mais fácil, para continuar a viver à conta do Estado e dos contribuintes. E o que me lixa mesmo a sério é que daqui a um ano, quando já estiver a trabalhar (assim espero), vou estar a pagar impostos para gentalha desta espécie passar a vida refastelada no sofá. Puta que pariu.

Um pequeno aviso à comunidade: se me chegam à farmácia e me pedem um carimbo preparem-se para o meu discurso cínico a perguntar-vos qual a vossa área de formação, o que estão dispostos a fazer pela vida, se querem deixar o CV ou se preferem falar com o patrão. Eu cá só carimbo recibos e receitas.

4 comentários:

Lunka_Almeida disse...

E tanta gentinha por aí que quer mesmo trabalhar... --'

Unknown disse...

johnny, 100% de acordo. já me aconteceu virem ter comigo a pedir os ditos carimbos, assim, sem mais nem menos, e respondi sempre que não.
mas acho que a verdadeira culpa é de quem estabelece um sistema tão fantástico, que facilita este tipo de aproveitamento...

Roxanne disse...

se tu fizeres mesmo o que escreveste em letras pequeninas, dizes me onde trabalhas que eu vou lá dar-te um abraço!

porque a minha vontade de sustentar preguiçosos é nula!

Marta K disse...

Também já apareceram umas quantas chicas-espertas na loja dos meus pais com saídas do género.
A funcionária apenas disse "Se puder esperar um momento vou chamar o patrão, com licença".
A reacção? "Não, não deixe estar. Não preciso de nada" E saiem disparadas pela porta fora!

O que eu acho disto tudo? Que não só essas pessoas deviam ser penalizadas como os carimbos deveriam fazer parte de um sistema que permitisse confirmar a realidade das coisas, fosse com entrevistas ou as tais entregas de CV como dizes e que por tal quem "distribuisse" carimbos só porque sim também seria penalizado.

Quem faz isso nunca se poderá queixar de nada do Estado porque contribui para que mais pessoas vivam à custa deste só porque sim.