sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011

Quis relembrar o meu 2011 e o que me safou foi o blogue, que acaba por ser o sítio onde registo o que vou fazendo. Isto da falta de memória não toca só aos doentes de Alzheimer. Fiquei surpreendido, porque pensava que 2011 tinha sido um ano parado, mas afinal diz que até foi um ano com muitos momentos para recordar. Estudei muito. Depois de passar nos exames acho sempre que não foi assim tão difícil, mas a verdade é que o mestrado conseguiu-me levar ao desespero e arrancar-me muito tempo livre. Finalmente acabei para sempre as aulas na minha vida, ou pelo menos as deste curso e tão cedo não me apanham nestas andanças. O que interessa é que tudo correu pelo melhor e a partir de Fevereiro vou para estágio. Espero aprender muito, mostrar que até sei alguma coisa e que não sou apenas mais um entre tantos outros. Espero também divertir-me muito no estágio e ter histórias engraçadas para contar. Tirei um curso de socorrismo e espero nunca ter que recorrer aos ensinamentos - será bom sinal. Mas o ano não foi só passado de volta das coisas da faculdade. Houve espaço para alguns concertos. Apercebi-me agora que nesse campo este foi um ano mais dedicado aos artistas que cantam a nossa língua, o que não quer dizer que foi mau. Vi a Ivete Sangalo no pavilhão atlântico, devo ter perdido 2 kg nessa noite e arrisco-me a dizer que foi o melhor concerto do ano. Esse assunto está arrumado durante uns tempos, não há cá idas ao Rock in Rio para vê-la. Vi os Deolinda e gostei, mas também gostei muito do concerto do Caetano e da Maria Gadú, embora a miúda seja a personificação da timidez (mas o que interessa é que arrasa quando canta). Gramei um concerto inteiro dos Expensive Soul só para ouvir o Amor é Mágico, mas valeu a pena e nem foi mau. Perdi o Bryan Adams e não me perdoo por isso, mas vi os The Script e os não menos bons The Coronas que abriram e concerto e vão dar que falar. Estreei-me no Delta Tejo e fiquei surpreendido com os Clã - bom concerto, e com a Nelly Furtado, não necessariamente pelas mesmas razões. Nunca me irei esquecer desse concerto, mais não seja pela boa disposição com que foi assistido. Claro que como cinéfilo que sou fui bastante ao cinema, mas devia ter ido ainda mais. Fui só uma vez ao teatro, uma falha a compensar em 2012. Perdi a conta aos cafés e às conversas com os amigos de sempre. Continuam sempre presentes. Desconfio que não têm noção da importância que isso tem para mim. Marquei presença em congressos e senti-me mais crescido por isso - é mesmo sinal que o curso está na recta final. O verão foi inconstante, mas ninguém me tirou as minhas 3 semanas no Algarve em Agosto. Muita praia e muitas noites até de manhã. Ainda bem que aproveitei, parece-me que no próximo ano será diferente (tese a quanto obrigas!). Foi também o ano de meter os pontos nos is num assunto familiar que já me azucrinava a cabeça há muito tempo. Deixei de ter papas na língua e passei a ter a consciência (ainda mais) tranquila. Percebi que quem está mal muda-se e que para uma amizade funcionar são precisos dois. Ouvi muita rádio, principalmente a caminho da faculdade. Delirei com a Caderneta de Cromos, mas entretanto enjoei-me. Ouvi (e continuo a ouvir) Adele até à exaustão, mas agora prefiro as músicas que não passam na rádio e que são igualmente boas. Viajei mais do que em 2010. Primeiro foi Roma, uma cidade muita gira e com história a cada canto. Não me importava de viver por lá uns tempos. Finalmente fui ao Brasil. Muito forró, muito delírio com o futebol e a mulherada, muito devagar devagarinho, a vida vive-se um dia de cada vez, bola para a frente. Consegui controlar o riso ao ver uma pessoa comer camarão com casca à minha frente. Hilariante. Também passeei pelo Algarve. Voltei a Lagos e a Sagres passados tantos anos e conheci a zona do Carvoeiro. Li mais do que em 2010, mas menos do que queria. Ainda assim cumpri um dos objectivos: despachei o Cem Anos de Solidão e recomendo. Conheci o Lx Factory e a partir daí estou numa de prova de vinhos. Adeus sangria. Este ano ficou marcado por duas mortes que me custaram bastante. Espero que em 2012 não hajam notícias tão tristes. 2011 foi o ano em que me mascarei de Robin dos Bosques (e não, não estava sob o efeito de nada). E foi também o ano em que me livrei de 13 kg (e recuperei um na semana do Natal). Fui mais saudável, assim no geral, mas voltei a não me aguentar o ano inteiro no ginásio.
Não foi um ano mau, mas podia ter sido melhor. Que venha 2012.

1 comentário:

verniz escarlate disse...

Parece-me que foi um ano bom! Um 2012 cheio de coisas boas também. bj