segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Em tempos idos era muito tempestivo. Se algo não me agradace (e se considerasse qualquer coisa uma injustiça) revolta-me facilmente. Era capaz de ficar a remoer o assunto durante horas, até mesmo durante dias. Mostrava-me chateado perante a pessoa que me desagradou e alimentava discussões de horas. Argumentava e contra-argumentava, perguntava-me a mim mesmo porque é que a pessoa do outro lado não entendia e não concordava com o que eu dizia. Era frustrante, mas eu tentava explicar das mais diversas maneiras o que aos meus olhos era tão simples. E se na minha cabeça fazia 200% eu ter razão, era muito raro eu dar o braço a torcer. Para quê ceder quando não é isso que queremos e que pensamos? Mas depois percebi que um pouco mais de tolerância não faz mal a ninguém (se bem que tolerante já sou eu muito). Como também percebi que o velho ditado 'a falar é que a gente se entende' não serve para todos os casos. Há situações em que não vale a apena o esforço de dar à língua. Tudo vai ficar na mesma. Ou porque só piora a situação, ou porque o assunto não é assim tão importante ou porque na verdade a pessoa não é assim tão importante, não vale o esforço. Nesses casos o que se tem a fazer é relativizar e fazer bem a triagem. Isso e não dar azo a discussões acerca de assuntos insignificantes. É que hoje dei por mim a dizer algo como 'o assunto está encerrado. Achei tudo isto desnecessário'. E quando a pessoa do outro lado ficou incrédula com essa minha afirmação eu justifiquei-a dizendo-lhe 'acho sempre desnecessário discutir quando não há fundamento'. Isso e quando não se pensa dois segundos antes de abrir a boca.

1 comentário:

Roxanne disse...

amadureceste... parabens!