segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aulas vs Parvoeira

Às vezes engano-me e vou a aulas teóricas que não lembram ao menino Jesus. Uma pessoa vai com toda a sua boa fé, à espera de ouvir algo interessante e depois não é bem isso que sucede. Ora como já se está instalado a poucos metros da professora não é de bom tom sair da aula, assim sem mais nem menos (digamos que o único problema é verem-me a sair), quando a plateia não é muito grande. São nestas alturas que o desespero dá largas à imaginação. E da última vez que isso aconteceu lembrei-me de jogar com outra pessoa àquele jogo nada estúpido (e que serve tão bem para passar o tempo) de escrever uma frase e de deixar a última palavra na linha de baixo, sendo essa a única palavra que a outra pessoa tem acesso e que é a partir dela que escreve sempre a sua frase.

E foi assim que se deu largas à imaginação e à estupidez:

Era uma vez duas pessoas que estavam a secar numa aula de produtos de
beleza. Interior e exterior é o que falta a uma certa pessoa chamada
Paulinha. Essa pessoa que é uma mistura de leopoldina e
gafanhoto. É a coisa mais nojentinha que por vezes sai da boca das
pessoas. E, em verdade vos digo, que estas pessoas aqui presentes no auditório cheiram a
esgoto. Será em breve um destino paradisíaco para premiados com direito a
cocktails. Isso mesmo! Só com cocktails de absinto é que se aguenta este
tormento angústia e desespero é o que irei sentir quando começar a fazer os
trabalhos. E agora que digo esta palavra, só me apetece cuspir uma bola de
pêlo de gato é o que a minha madrinha respira todos os dias em sua
casa. Por falar nisso... querida mudei o estaminé. À porta temos dois cães de
loiça. Parto-a toda e depois vou comprar um serviço novo ao gato
preto. E o que eu vos digo é que a coisa está preta. Oh se está! Ai
Jasuzi! Quanto eu não daba pa tari em casa no sofá a veri
TV. E é em frente à TV, sentado no sófá, que engordo
toneladas de saídas e festas era o que eu queria ter na companhia da minha
turma. E não me venham dizer o contrário, que eu apanho já uma grande
patite. Gajo jeitoso, maneta e desalentado com uma grande
lata. E uma grande lata é dizerem-me que eu tenho uma patite e depois acortarem para trás a dizer que afinal tive uma patite. É que eu gosto muito da minha médica de
família. Vou vê-la este fim de semana e espero passar uns bons
momentos. E este está a ser um bom momento. Estou a adorar esta aula sobre legislação de produtos cosméticos, mas o que eu quero mesmo é saber se esta conversa está a fazer sentido.

E fez mesmo muito sentido.

A imaginação pode não ter limites, mas a estupidez não lhe fica atrás.

2 comentários:

Anónimo disse...

E assim se passa uma aula.

Joana disse...

LOL! as vezes as aulas sao tao mazinhas que assim é mais fácil... :)
chegamos a fazer isso com 10 pessoas!
e uma vez usamos esse metodo para escrever uma carta de parabens a uma amiga!