sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Magnífica Rua da Oura

Encontrei o texto que quis publicar há 3 dias e que se evaporou no espaço. Aqui está ele:

Ir à Oura no Verão é mais ou menos o mesmo que estar num parque infantil em Inglaterra, com a diferença de que as bifas e os bifes bebem álcool (muito mesmo) em vez de leitinho ou de sumos. Tal não é a euforia (e o consumo de líquidos) que antes da meia noite já estão todos bêbedos. Bebem que nem gente grande e depois é vê-los em coma, todos aflitos a chamarem ambulâncias e a revelarem os bambis que ainda são. Deviam era ficar no quarto de hotel a ver televisão. Mas não! No país deles só podem sair à noite aos 21 anos, então se estão em Portugal é para aproveitar que por cá é só preciso mostrar mamas ao porteiro e na Oura a entrada até é livre, menos trabalho dá. O que não é sinónimo de menor produção. Tenho para mim que as miúdas que ontem vi e que me pareceram ter uns 16 ou 17 anos devem ter na verdade uns 13 ou 14 (isto para ser generoso). Já alguém entrou num dos bares ou pseudo-discotecas dessa famosa rua? É que eu já. E digo-vos que é raro o estabelecimento que não tem um varão (ou dois). Se isso só por si já revela um ambiente a puxar para o rasco e badalhoco, o mais surpreendente é que há malta (estrangeirada) que dá uso a essse material, qual profissionais do strip-tease! Acho que até vou propôr à Câmara de Albufeira que mude o nome do sítio para algo do género Rua do Varão ou Rua das Bifas Que Afinal são Quengas, isto claro, sem querer ferir susceptibilidades, que meus amigos, ele há gostos para tudo. Mas voltando ao tema central: as bifas. As inglesas são bipolares, é uma ideia minha e não deve fugir muito da verdade. De dia são todas calminhas, todas tímidas, bem-comportadas. É que durante o dia estão com os pais, então não partem um prato. À noite revelam-se. E é vê-las a meter conversa com tudo o que mexe, a dançar com a saia pelo umbigo e a gritar a cada cinco segundos, estéricas que só elas. E eles não fogem à regra. Bebem que nem esponjas e fazem figuras tão ridículas quanto elas, sendo que a diferença é que não se produzem com o propósito de fazerem desaparecer a sua aparência de 14 anos para dar lugar a uma aparência de 20 (e muitos). Alguém que acalme esta malta. Promovam acções de caridade pela Oura (sim, porque é preciso ajudar os desgraçados), arranjem maneira de acalmar e assentar as hormonas que por ali proliferam todas as noites, que não há rua mais deprimente. Mas mesmo com um ambiente tão bom como o que acabei de descrever a malta continua a ir até lá (eu incluído, mas juro que são muito poucas as vezes) e ainda não percebi porquê. Deve ser porque a estupidez alheia nos diverte ou então é só porque somos mesmo parvos.

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