terça-feira, 31 de julho de 2012

"Cala-te só um bocadinho"

Já são dois finais de tarde seguidos que uma família pouco dada à civilização e ao respeito ao próximo se alapa no toldo junto ao meu e decide perturbar o silêncio que um belo final de tarde exige. Eu bem tento dormitar ou seguir com a minha leitura, mas aquela malta prefere que eu participe na conversa, tal são os decibéis acima do tolerável com que me presenteiam. Ainda por cima as conversas são parvas, desprovidas de graça e ainda me dão informações escandalosas, como a mãe da bebé de um ano e pouco, que já não comia há três horas e meia, não perceber porque é que o raio da miúda chorava. E eu começo a ponderar seguir as passadas dessa grande miúda que merece uma estátua erguida no jardim de Belém, por ter pedido ao Toy para se calar um bocadinho. Era engraçado não era?

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