quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Também nos últimos dias têm-me feito uma pergunta tão sem sentido e descabida que dá-me para rir e dar uso à ironia. Espero que estejam preparados para a tamanha estupidez da questão que se segue: então e tu vais para Fortaleza e não tens medo de ir para lá, que é tão perigoso, e que te matem como fizeram aos outros na praia do Futuro? Antes que perguntem, tenho para mim que são pessoas desocupadas e que se preocupam demasiado com a vida alheia esquecendo a sua. Também são um bocadinho pobres de espírito e desconfio que nada devem à inteligência. É que assim à partida o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Se há 10 anos os empresários portugueses foram enterrados vivos na praia, então desde aí que ninguém devia ousar viajar para Fortaleza? Será que estas pessoas também pensam que depois do 11 de Setembro deveriam ter cancelado os voos para Nova Iorque para todo o sempre? E que desde os ataques de Anders Breivik que mais ninguém se deveria atrever a explorar as paisagens da Noruega? Estas pessoas preocupam-me. Há gente que parou no tempo e que por mais informação que tenha não consegue evoluir. E por causa disso, sou eu que depois tenho de ouvir barbaridades deste género. Agora vou só ali ponderar durante cinco minutos se devo ir ao café. É que ouvi dizer que há uns dois anos um tal de Zé deu um murro a um gajo e frequentar locais onde já houve confusões, catástrofes e assassinatos é uma cena que a mim não me assiste.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Esta música não me sai da cabeça #3



Não sou muito fã das músicas da Aguilera, mas esta conveceu-me pela boa energia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Contem-me tudo

A três dias de ir para o Brasil, pela primeira vez, já perdi a conta aos avisos que me fizeram. Aquilo é um perigo. Está descansado, que eu quando lá fui nunca me senti insegura. Cuidado com a roupa que levas. Reparam muito nas t-shirts e na roupa cara, em geral. E nos acessórios. Eu comprei roupa na Zara de propósito e arrependi-me. Vi gente lá a vestir bem e não tiveram problemas. Para eles qualquer coisa dourada é ouro, nem penses em levar isso. Cheguei a ir sozinha para a praia e nunca se meteram comigo.  As favelas são um perigo, não te chegues perto. Eu ia à noite para os bares da favela e nunca me aconteceu nada. 

Meus amigos, em que é que ficamos? O Brasil (o nordeste brasileiro, mais propriamente) é assim tão perigoso ou há gente que é assim dada para o exagero? É mesmo preciso deixar as roupas em casa e ir para lá desfilar que nem um mendigo ou posso dobrar os trapos sem medos e fazer a mala?
Eu sei que já passa da meia noite e que já é segunda, mas é só para dizer aos sportinguistas que há domingos em que se tem de ter paciência.

domingo, 28 de agosto de 2011

Esta música não me sai da cabeça #2



Oiço esta música há anos e até agora não me fartei. Os The Kooks são uma boa banda que hei-de ver ao vivo, de preferência brevemente. Adoro o sotaque britânico da banda. 

sábado, 27 de agosto de 2011

Cem Anos de Solidão

Além de maquiavélica, Amaranta consegue ser esquisita e muito imprevisível.

Esta música não me sai da cabeça #1


Closing time, every new beginning
Comes from some other beginning's end

Assim vale a pena ir ao cinema









Oh Milaaaaa... mil e uma noites de amor com você!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

29 Ways To Stay Creative


Não sei até que ponto atingiria a criatividade a cantar no banho, mas tentar não custa.

Pelas bermas de Portugal


À primeira vista esta imagem não tem nada de esquisito. Não fosse ter tirado a fotografia na berma da A1 e este pacote seria apenas mais um que compõe o habitual lixo que vemos pelas ruas. O que me intrigou foi o facto de haver alguém que em plena viagem numa auto-estrada consome um litro de leite assim como quem leva uma garrafa de água no carro, já para não falar da questão de haver gente bastante badalhoca. Existem pessoas estranhas. 

Kit de sobrevivência a conversas de circunstância subordinadas ao tema "estás tão crescido"*

O grande lema mudam-se os tempos, mudam-se as vontades devia ser acompanhado por outro igualmente bom e que tanta falta faz: mudam-se os tempos, mudam-se as conversas de circunstância. Devia, mas até agora ainda não sucedeu. Isto porque o meu metro e oitenta e oito centímetros continuam a ser tema de conversa em encontros ocasionais. É certinho como o destino. Não é que a minha altura não me agrade, que não é mesmo esse o caso, até fiquei indignado quando reparei que me roubaram quatro centímetros no cartão do cidadão. É que se estou acompanhado pelos meus avós e lá vem o primo em quarto grau que vi três vezes na vida ou o senhor Manuel que trabalhou há trinta e cinco anos com eles, ou se acompanhado com os meus pais e aparece a amiga do antigo trabalho ou a tia afastada, o meu cérebro entra em modo automático, coordena-se sozinho e fica pronto para me obrigar a esboçar o meu melhor sorriso amarelo (sim, porque nesta categoria há um para cada situação) logo após o assunto "altura do rapaz" vir à baila. Acreditem que já tenho um mestrado em conversas de circunstância sobre a minha altura, uma pós-graduação em lidar com o espanto das pessoas (como se eu competisse em altura com um arranha-céus) e uma especialização no belo do sorriso amarelo (são muitos anos de treino). Perante estas interessantes situações já vou dando por mim a apostar comigo mesmo quantos segundos faltam até a pessoa se exaltar com todo este comprimento, nunca antes visto e digno de registo. Como é do senso comum, o homem português mede em média 1,47m e não me cabe a mim outra coisa se não ser paciente e deixar que admirem e me mirem esta medida escandalosa que o meu corpo abarca. E é por isso que vou sorrindo e balbuciando uns disparates, para não fugir muito do contexto da conversa, evitando que a ironia tome conta da situação e me saiam da boca autênticas pérolas. Mas como toda a gente sabe, de pár-lá-piês que não interessam ao menino Jesus está o Inferno (e eu) cheio deles, acho que está na altura de me divertir mais com a situação. É certo que ultrapassarei o limite do desagradável, mas, assim à primeira vista, este género de conversa também não me agrada nada e, portanto, ficarei em pé de igualdade com quem daqui para a frente se atrever a tocar no assunto. Ficam aqui alguns modelos de corta-conversa para quem sofre do mesmo mal. Usem e abusem, sem medos:

PATETA (Pessoa Aterrorizada com Toda Esta Tamanha Altura): Ai estás tão grande! A última vez que eu te vi eras tão pequenino!
Eu: Pois, é normal, a última vez que me viu eu tinha uns quatro anos, acha que ia ficar a medir um metro para o resto da vida?

PATETA: Estás tão crescido rapaz!
Eu: O mesmo não posso dizer de si, não é verdade?

PATETA: Os teus pais meteram-te adubo nos pés, foi? (Esta é das minhas preferidas)
Eu: Não, meteram uma coisa mais orgânica e natural - o estrume de vaca.

PATETA: Quando é que páras de crescer rapaz?
Eu: Não sei, os gigantes como eu estão em constante crescimento. Para já o meu objectivo são os três metro e meio, depois logo se vê.

PATETA: Não jogas basquete? Com essa altura era o que devias fazer!
Eu: E porque é que você não se cala? Com essa parvoíce toda é o melhor que tem a fazer.

PATETA: Tu nem sequer deves caber na cama!
Eu: Oh, não se preocupe. Desde os 14 anos que durmo de pé, já me habituei.


*Depois não me agradeçam... a ver se vos continuo a safar!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Não me venham com a conversa de não haverem boas bandas portuguesas



Só uma boa música é que anima um dia tão enfadonho. 
Atenção que o que anunciarei de seguida ao mundo (virtual) poderá ferir os mais frágeis. Já provei os gelados da tão afamada Santini e não achei que fossem a oitava maravilha. Os melhores gelados de sempre são os da Häagen-Dazs e os de Roma.
Este tempo provoca-me dores de cabeça, literalmente.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A minha família é uma animação (?)

Gosto muito dos jantares de família em que os avós começam a relembrar tempos remotos e a contar as histórias do antigamente. Algumas são repetidas inúmeras vezes, que já as sei de cor. Outras são reveladas pela primeira vez. Hoje foi a vez de saber que um tio esteve preso durante dois anos e meio, há uns 50 anos, por ter morto um homem. Claro que fiquei incrédulo. Logo o tio Manel que é tão pacato? Sim, esse mesmo. "Mas foi sem querer... só lhe deu um murro e o outro caiu no chão e bateu mal com a cabeça". Pois... foi só uma sacudidela e o outro é que não teve aulas de judo suficientes para saber cair sem se aleijar. Esta família já me surpreendeu tanto que eu achava que já não podia haver mais nada que me deixasse boquiaberto. Pelos vistos estou enganado. Estou com medo da próxima revelação. 
Estou a ver o The Biggest Loser e dei por mim a pensar que na versão portuguesa esta pesagem seria muito, mas mesmo muito longa. A grande diferença entre a Alison Sweeney e a Júlia Pinheiro é que a primeira não se arma em psicóloga nem em conselheira matrimonial.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crónicas de uma ida à praia #2

Fazer praia no Algarve é ver o nadador-salvador abrir o toldo a um casal e sentar-se três horas na espreguiçadeira, ficando à conversa, obrigando a senhora que alugou o toldo a estender a toalha na areia.

domingo, 14 de agosto de 2011

Alerta: se sair à noite não beba água


E ao dia 14 de Agosto de 2011 eis que surge uma espécie de barman até então no armário. Até agora qualquer pessoa podia pedir a sua bebida sem esperar qualquer comentário por parte do empregado. Mas isso era até agora: tudo mudou. Surgiu  agora uma nova espécie de barman que discrimina senhoras que pedem garrafas de água. Esta espécie ainda faz a pergunta “água?” com ar escandalizado para dar oportunidade ao cliente (no caso que eu assisti, à cliente) de alterar o pedido. Mesmo quando o cliente confirma o pedido, este novo género insiste com a mesma pergunta aumentando o ar de incredulidade. Até que se dá o fim do mundo (também conhecido como o cliente confirmar pela terceira vez que quer mesmo água).

Se não entenderam a mensagem, eu explico: é aconselhável consumirem álcool na discoteca. Mesmo que vão conduzir a seguir, o importante é resistirem a qualquer tipo de hidratação. Dêem cabo do fígado, conduzam com 1,5 de álcool no sangue, mas se quiserem água não consumam o que têm direito mesmo que estejam a morrer à sede. O importante é não ofenderem a malta do bar. Eles até são pessoas simpáticas, mas acham que não são pagos para servir garrafas de água. Julgo até que se começam a insistir muito a pedir água Serra da Estrela, esta nova espécie não está para brincadeiras e é bem capaz de vos enfiar nas reuniões dos sóbrios não-anónimos. Depois não digam que não vos avisei.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Hoje não vou sair, hoje não vou sair, hoje não vou sair

Foi este o mantra que disse para mim mesmo durante cerca de uma hora depois de ter chegado a casa. Mas esqueci-me que estou no Algarve. E que parar é morrer.

domingo, 7 de agosto de 2011

Como não dar 600 euros por um bilhete e 'assistir' à mesma a um concerto de Joe Cocker

Abre-se a portada do quarto, tem-se sorte do vento estar a favor, e ouve-se a voz na perfeição. Pode também optar-se por passar de carro à porta do hotel onde decorre o concerto. E assim se poupa dinheiro e tem-se algum proveito. É que 600€ por um bilhete é para loucos. E eu até posso ser louco... mas não em demasia!

sábado, 6 de agosto de 2011

Ou sempre fui muito desatento ou então ontem foi a noite em que mais coro por metro quadrado se deu numa discoteca.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Crónicas de uma ida à praia #1*

Famílias numerosas deste Portugal, ir à praia e não ter que andar a espetar o chapéu de sol na areia é muito agradável, a malta aluga um toldo com espreguiçadeiras e não tem de se preocupar com nada. Eu próprio sei do que falo e percebo-vos a preferência. O problema é quando vocês alugam um ou dois toldos para a família inteira (e aqui incluem-se avós, pais e mães, filhos e filhas, primos, sobrinhos e amigos) e montam um autêntico acampamento de ciganos que me obriga a ir à China quando saio do meu toldo para conseguir ir até à água. Vamos lá parar com as caganças do costume e de tentar ostentar o bem educados e finos que são com os você para aqui e para ali e tratem de ganhar coragem para assumir que estão nas lonas e nem dinheiro para alugar toldos suficientes têm. Fica o aviso. Até agora tenho-vos contornado. A partir de amanhã começo a passar por cima das vossas toalhas que teimam em estender no espaço comum. 

*Ficá já numerado. Parece-me que este assunto me vai dar pano para mangas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu moro num país tropical #2


E à hora de jantar o sol aparece. Se o ditado "primeiro de Janeiro, primeiro de Inverno" é mesmo verdade, vamos ter um Inverno no mínimo curioso.

Por falar em país tropical



Já só falta um mês para Fortaleza.

Eu moro num país tropical


A foto não capta devidamente a carga de água que cai neste momento sobre o Algarve. Nem o vento, nem a trovoada que ecoa por todos os lados. Se eu podia estar na praia? Podia, mas estou fechado em casa. Onde anda o tão afamado "querido mês de Agosto?". 

Não me levem a sério, juro que é do sol do Algarve

Desconfio que o sol não me anda a fazer bem. Só isso explica as perguntas tão pertinentes que assolam esta minha mente brilhante. Deixo-vos com a seguinte: porque é que dizem "vou ser pai/mãe pela segunda vez"? Então foram pai e mãe quando a criança nasceu, deixaram de ser logo a seguir e agora que está outro quase a sair cá para fora serão novamente progenitores. Eu explico: vão ter um segundo filho, pais já o são desde que o primeiro veio ao mundo.