Se um dia arrendar uma casa minha ou alugá-la apenas por uns dias ou uma semana, a primeira coisa que faço é montar um sistema de vigilância. Não para espiar a vida das pessoas, quero cá saber eu disso, mas sim para contar quantos gatos pingados andam por lá. É que se a casa é para quatro, não é para ser habitada por dezassete. Não dá jeito (ou até dá, mas eu não acharia graça nenhuma).

E porquê esta conversa toda?

Porque vou de passagem de ano. Eu e mais treze. Para uma casa com (supostamente) capacidade para sete pessoas. Os moralistas que se poupem nas críticas se faz favor. Não somos delinquentes, apenas jovens de mesadas limitadas que querem ter uma passagem de ano em condições.

Portanto, adeusinho. Até para o ano que eu vou para Óbidos. Para a ginginha, para a Vila Natal e... para a boa vida.

Bom ano novo para todos.

Para 2011

Ser feliz.
Um interrail pela Europa.
Muitas jantaradas.
Muitos cafés.
Ir ao teatro.
Concertos.
Cinemas.
Aprovação a todas as cadeiras.
Paciência.
Sorte.
Férias.
Coragem para fazer um estágio.
Aplicar-me mais.
Estudar durante o semestre.
Dar mais atenção à família.
Ginásio e natação. Desta vez com afinco.
Juntar dinheiro.
Ler mais.
Manter amizades.
Viajar.

2010 em revisão



Exames de 1º semestre passados à primeira (como? alguém me explica?)

Cinema. Muito, como sempre.
Casa de férias. Algarve. Mudanças à chuva (medo).
Carnaval. Este ano mascarado de mexicano.
Amizades novas.

Semanas académicas. Muitas noites. Moches em José Cid. Álcool qb.

Festas populares. 6 noites, 6 bebedeiras.
Moto 4. Sem cair, sem passar dos 40km/h.
Criei o blog.
Optimus Alive. Pearl Jam. Dos melhores concertos de sempre.
Verão. Um mês no Algarve. Noitadas, praia da falésia.
Pescoço quase partido.
Constatei que o sistema nacional de saúde tem falhas. Muitas e graves.

Beira Baixa. A pasmaceira. Ideal para 3 ou 4 dias sem fazer nada.

Aulas.
Fisioterapia.
Jantares e cafés.
Macy Gray. O primeiro concerto na Aula Magna.
Estudo.

Tudo isto na melhor companhia.

Momentos

Curtas-metragens destas não passam no cinema. É uma pena.

Em relação às sms de natal cliché

Não gosto muito de receber sms natalícias feitas. São sempre as mesmas de uns anos para os outros, já não têm impacto, não é surpresa para ninguém. Basta-me ler a primeira frase, às vezes nem isso, e já sei qual é. Prefiro mensagens personalizadas, que sejam escritas com sentimento, sem cairem em demasia na lamechice. Mas este ano recebi uma sms que achei bastante engraçada e muito bem enquadrada na situação actual do país, que até aproveitei para enviar para umas quantas pessoas, só pela piada. Aqui fica:

"Xai Jin min yang man mau ping shun tan tsè ping ming yao ki ò shui!" Tendo em conta que estamos em crise fui comprar a mensagem aos chineses para ficar mais barato! FELIZ NATAL ;)

Considerações natalícias

E pronto, já acabou a época dos doces, do dolce fare niente, da família e das prendas. E posso dizer que não foi nada mau. Ficam as anotações do que me lembro e do que foi importante:

- A família esteve toda reunida, o que cada vez é mais raro. Foi bom e espero que assim seja por muitos mais anos.

- Este ano conseguiram-me surpreender. As prendas não foram muitas (já não consigo competir com os putos) mas foram todas boas.

- Descobri que fazer o Euromilhões no dia 24 dá resultado. Um bem haja à máquina que seleccionou a minha aposta aleatoriamente. Para o ano repito a dose.

- Um dos momentos mais marcantes foi quando o meu primo de 7 anos no almoço de dia 25 disse ao pai "cala-te, também estás sempre com essas conversas, não sabes dizer mais nada?". Foi lindo, toda a gente calada e ele sai-se com esta pérola. Tive quase quase para aplaudir, mas contive-me. (Sim, como já perceberam adoro o marido da minha tia).

- Visitei uma tia minha que está muito doente. Evito sempre fazer visitas por estes motivos porque não gosto de ficar com a imagem da pessoa debilitada (e tenho medo que seja essa a ultima recordação com que fico dela). Mas o Natal é muito mais do que dar e receber prendas. É a altura de dedicar tempo à família e, por isso, lá fui eu.

- Não é preciso gastar fortunas para agradar as pessoas a quem ofereço alguma coisa. Sou bom a escolher prendas. Ou então esta malta é pouco exigente.

- Já sabia que a leitura do livro de cabeceira andava engonhada há muito tempo. Foi preciso receber O Bom Inverno do João Tordo para ter um motivo válido para acabar com o livro da Elizabeth Gilbert (hoje foram quase 70 páginas e, com isso, já vou a meio da Índia).

- Por último, só para dizer que aproveitei estes dias para habituar novamente o organismo à ginginha de Óbidos. Pois diz que a passagem de ano vai ser lá e eu quero estar à altura num possível rally tascas.

É só mesmo

para desejar um feliz Natal aos (poucos mas bons) leitores do blog.

Este ano o espírito natalício sente-se muito pouco. As pessoas estão com medo da crise e que o FMI nos bata à porta no início de 2011. Não se vê ninguém verdadeiramente empolgado com o Natal. Compram-se prendas porque sim. Não há ninguém contente com isso. Não se vê ninguém com um sorriso na cara num centro comercial. Nem mesmo os expoentes máximos do consumismo, carregados de sacos, aparentam um ar feliz. Confesso que não me transformei em Pai Natal e que não deixei que o consumismo me assolasse a carteira. Se bem que o facto de viver de uma mesada ajuda na continência. Por isso comprei apenas prendas para três pessoas, mas as que comprei foram com gosto. Fosse eu milionário e mais prendas comprava, porque havia mais gente a merecer um presente meu. Mas espíritos natalícios à parte, e achar que isto é uma época muito gira e que é a altura que se dedica tempo à família, que é verdade sim senhor, deixemo-nos de hipocrisias, porque conta muito os presentes que recebemos. Pensamos todos nisso e eu não sou excepção. Por isso, os meus votos, por enquanto, não são um bom Natal e um bom ano novo para todos, mas sim que à meia noite de amanhã eu tenha muitas e boas surpresas.

E porque o Natal deve ser partilhado com quem mais gostamos, aqui vou eu para um jantar com amigos, que esses são família que se escolhe. Só tenho pena que não haja troca de prendas. Fica aqui a deixa para o ano.

A história do Natal digital

Só para mostrar que embora não se note este blog (ou o seu dono) também foi assolado pelo espírito natalício, ainda que não seja muito.

Mas respondam com sinceridade

Anda tudo a tirar férias para fazer as compras de Natal? É que os centros comerciais às 11 da manhã estão apinhados como num domingo à tarde.

No auge das minhas férias e para cumprir a palavra relax ao máximo dou por mim a ver o Agora é que conta, esse prestigiado e interessante programa. Mas foi por pouco tempo, descansem os menos indulgentes. É que quando a Fátima Lopes perguntou a uma concorrente quanto tempo demorava o planeta Terra a dar uma volta sob si próprio, dando-lhe as opções a) um ano, b) um mês e c) um dia e a concorrente responde um ano e, de seguida, arrependida, diz que afinal a resposta certa é um mês, não aguentei mais e fui dar audiências para outro canal. Que tal fazer-se um casting antes do programa? Sei lá, uma avaliação ligeira só para perceber que concorrentes não aguentam a pressão (vou tentar acreditar que a senhora sabia a resposta e que estava cheia de nervos). Ou testem o QI às pessoas. É que isto para quem está deitado em casa a ver os programas é preocupante, que o meu coração não aguenta cenas destas.

E pronto, sexta lá começaram as (tão merecidas) férias. E embora sejam umas meras férias de Natal que antecedem os exames finais de Janeiro, tenho que fazer jus ao nome. Portanto, sexta foi jantarada e bairro. Sábado foi uma tarde de ronha no sofá e café prolongado à noite. E hoje rematei o fim de semana com um almoço fora, seguido de uma tarde em Belém entre o Starbucks, os pastéis e o jardim. Habituava-me bem a esta vida até Fevereiro. Mas a pilha de sebentas e apontamentos chama por mim (e eu finjo que não a oiço nem a vejo). E amanhã seguem-se as compras de Natal. E ideias? Não quero cair em clichés, mas parece-me que é o que vai acontecer.

Porque é que na recta final uma pessoa vacila sempre? Porque é que quando já faltam apenas dois dias para as férias e para fazer o último exame começo a perder a vontade? É a isto que se chama um estado de pré-férias? Ou chama-se apenas parvoíce?

Era escusado

haver informações deste género 3 km e 15 minutos depois da fila ter começado. Já toda a gente percebeu.

Um dos melhores filmes de sempre

É já um cliché em todos os natais, mas eu continuo a ver sem me cansar.

Das desvantagens de ser filho único

A culpa nunca é dividida. E nunca é dos pais. Conclusão: sobra sempre para o mesmo.

E pronto. A notícia veio mais ou menos como bomba. Passa uma pessoa um dia inteiro na faculdade sem internet, sem saber o que se passa na actualidade para chegar a casa e saber que os Da Weasel acabaram. E eu que acreditava que estes rapazes estavam em estúdio desde Setembro, tal como tinham prometido quando anunciaram a pausa da banda. Ainda bem que no seu último ano de concertos os vi quatro vezes, incluindo o grande concerto no Pavilhão Atlântico.

É que o mínimo que se pede é um concerto de despedida. Apenas um. Para ouvir as melhores músicas, que não são poucas. O baile, adivinha quem voltou, duía, toda a gente, nunca me deixes, bora lá fazer a puta da revolução, mundos mudos, força, tás na boa, bicho, amo-te, carrossel, casa, dialetos de ternura, entra e representa, GTA, toque toque, tás na boa, o verbo, re-tratamento, outro nível, som sistema, niggaz, loja. E certamente muitas mais. Por tudo isto estes senhores até mereciam uma vénia mas, como acabaram sem avisar com tempo, fico-me por aqui.

É com alguma dificuldade que escrevo este post. E explico-vos já porquê. Passei o dia a estudar, mais especificamente a escrever. Até agora já foram 25 páginas. Se nunca mais neste blog forem publicados posts é porque entretanto fiquei sem mão.

Eu gostava de ser daquelas pessoas que acordam com as galinhas, tomam o pequeno almoço e se metem a estudar o dia inteiro com pausas exclusivamente para comer e ir à casa de banho. Mas não. Eu até posso acordar cedo. Tomo o pequeno almoço e fico a fazer zapping. Depois venho para o escritório. E era neste momento que o meu estudo podia começar... mas não seria a mesma coisa. Venho à net, visito tudo quanto é site, meto dois dedos de conversa com quem está online, engonho mais um bocado. E depois, só depois de todo este ritual que me dava mais hora e meia a dormir, é que pego nas sebentas e nos apontamentos. É o que vou fazer agora. Espero que não seja apenas por 5 minutos.

Preciso de férias. De estar longe da faculdade. Ando cansado e ainda vou ter uma catrefada de exames práticos antes das férias de Natal, mas nem é bem por isso que preciso de férias. O que eu quero mesmo é um tempo afastado daquele ambiente. Afastado das pessoas. Não de todas, claro. Porque existem boas. Mas há gente muito mesquinha e eu não convivo bem com elas, não consigo que não me salte a tampa. É que há pessoas intragáveis. Que só estão bem a fazer mal, só ganham o dia quando chateiam alguém ou quando têm uma discussão. Pessoas com duas caras, que nos mostram que a cobardia não tem limites. Que não são capazes de dizer nada na cara. Só espero que isto não seja uma amostra do mercado de trabalho. Ninguém merece trabalhar com pessoas assim. Quem diz trabalhar diz partilhar o mesmo espaço.

Pergunta

Ver lixo televiso torna-nos piores pessoas? É que anda muito boa gente preocupada com isso. Há muita curiosidade no Ídolos e na Casa dos Segredos, mas não vêem sob pena de serem postos de parte na sociedade. Anda tudo preocupado a ver odisseias, national geographics e cenas do género, que admito que são interessantes, só para mostrarem o quão cultos se tornam pelas suas escolhas televisas acertadas. Eu cá não me importo. Ainda ontem foram 3 horas de zapping entre a SIC e a TVI.

Oh que pena!

Finalmente o Neemias saiu do Ídolos. Já não era sem tempo.

A melhor comédia do ano

A não perder!

O país está em crise, mas alugar casas para a passagem de ano está-se a tornar difícil. Está tudo reservado. E mais não há dinheiro, fora se houvesse.

Quando me virem a fazer isto têm autorização para me internar

Quem tem uma mãe tem tudo

Com 21 anos, ainda me abre a cama quando sabe que vou chegar mais tarde.